segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Entre ventos e tempestades


São feitas de vento e tempestade
As metáforas dos poemas
Que m’entrego em rasgos de luz
E o coração morde-me a alma
Que sangra em abastança.

Estranhamente a dor palpável
Move-se e invade-me
Deixando-me inquieta e suja
Entre náuseas e embriaguez
Que já não sinto…

Serei eu a louca que espera
Em decomposição veloz
O insensível dom do Amor?

Serei eu a demente que habita
Nas entranhas do teu ser
Deitada no caixão da indiferença?

Mato-me entre versos e orações
E a cada novo poema
Encurto a distância
Entre a vida e o fim acidental
Numa aparência regada de luz
Entre vento e tempestade.



Vera Sousa Silva

terça-feira, fevereiro 17, 2009

Amar-te em Silêncio




Obrigada a todos os que estiveram presentes, fisicamente ou de alma!

Um agradecimento especial à Câmara Municipal da Amadora, principalmente ao Senhor Vereador da Cultura António Moreira; à Dra. Cecília Neves, responsável pela Biblioteca Municipal e organizadora do evento; à Magda Pais, pela brilhante apresentação; ao Paulo Afonso Ramos, por tão bem representar a edium editores; ao Dionísio Dinis que declamou e encantou; ao Bruno Rocha e à Catarina Cardoso que nos alegraram a tarde com as suas músicas.

Aproveito para vos mostrar também a reportagem da TV Amadora (clicar em cima)




Um beijo a todos

sábado, fevereiro 07, 2009

Pecadora


É o toque das tuas mãos
Que procuro entre os lençóis de cetim
Iluminados pelo brilho da lua
Que me espreita secretamente...

Incendeio-me nos pensamentos
Que me invadem
E, pecadora que sou, vagueio
Na imensidão do sonho
Onde me esperas
Nu, voraz, secreto
E meu...

As nossas línguas unem-se
E a poesia adorna-nos
Em sílabas orgásticas
Que tomam conta do nosso corpo
Que se une
Mais uma vez...

Vera Sousa Silva