sábado, abril 14, 2012



Estremeço na tua pele

e sou eco dos teus gestos

nas carícias suaves que mordemos

em beijos que respiram com vida

e sorriem presos num abraço.



A cama não dorme

e silêncios gemem nas velas aromáticas

que enchem de tonalidades

o corpo nu, divino

do homem perfeito que és.



Soubesse eu do tempo perdido

e calado, escondida do teu olhar,

voaria em versos imaginários

directos ao teu peito ardente

e a saudade morreria tímida.



Sou-te! És-me!

Tua voz é meu gemido prazeroso,

meu corpo teu refúgio musical

e somos alma e amor.


Vera Susana Sousa

sábado, abril 07, 2012

Ecos de mim




A morte acompanha-me
cada vez mais de perto.

Olha-me nos olhos,
afronta-me,
mas sempre que me aproximo,
sempre que dou mais um passo,
foge-me
como um eco de um dó menor
perdido na pauta musical.


Vera Susana Sousa