domingo, dezembro 28, 2008

Poema Despido


Dominas-me voraz

Sem que entenda o sentido

Dos versos que trazes

Na boca que beija

Em carícias longas

O brilho do sol.


Sou apêndice sôfrego

De um poema.


Pacifico-me na tua voz

Que embala o desejo

De ser letra do teu corpo,

E rasgo a folha imerecida

Que te sustém,

Com a fúria decomposta

Da improbabilidade

De te possuir.


Contempla-me

Na prateleira exposta

No extremo do segmento.


Sou matéria invisível

Dos teus propósitos.


Vera Sousa Silva

terça-feira, dezembro 23, 2008

Feliz Natal


Desejo-vos a todos um Natal verdadeiramente mágico,
cheio de sorrisos e paz,
com muita saúde, alegria, amor
junto de quem mais amam.
Felicidades

domingo, dezembro 21, 2008

Inteiramente Tua


Encontrei o meu caminho

Na linha que traçaste

No meu destino…


Devagar, bem de mansinho,

Chegaste assim,

Com um sorriso

Que iluminou meu céu.


Os sentimentos que me invadem

Intensificam o universo

Que nos preenche

E nos pertence,

Penetrantes e delicados,

Suavemente desabrocham

E complementam-se.


Simplesmente por amar-te

Vale a pena viver
E ser,

Nesta simplicidade,

Inteiramente tua.


Parabéns Zé


Amo-te maridão lindo



Vera Sousa Silva

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Poesia Erótica no Estúdio Raposa

Os meus poemas na voz do grande e maravilhoso Luís Gaspar

Poesia Erótica 33 - Vera Silva

Obrigada Luís Gaspar!

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Vestida de morte


Visto a negra capa da morte

E preparo o túmulo

Onde depositarás rosas

Vermelhas,

Como os lábios

Que nunca quiseste beijar.


Pertenço-te,

Sem que me queiras,

Como doença maldita

Que desprezas

E afastas,

E mesmo assim

Me sinto apenas tua,

Enferma que sou.


Abro as mãos

A novos amores

E esgueiro-me pela porta

Antes do toque inicial,

Como se te traísse,

Como se também tu fosses meu.


Visto a capa negra da morte

E preparo o túmulo

Onde me deito,

Porque já nada mais me importa…
Vera Sousa Silva

quinta-feira, dezembro 04, 2008

Letras em Ti



Tatuo meu corpo

Com versos de amor

Que beijarás sílaba a sílaba,

Percorrendo vagarosamente

Cada milímetro da minha pele

Sequiosa de ti.


Serei composição poética,

Lírica ou épica,

Mas sempre teu poema.


Serei pedaço de luz,

Satélite lunar,

Mas sempre tua.


Serei, afectuosamente,

O que desejas…


Serei sempre eu

Aqui…


… Esperando-te…
Vera Sousa Silva

quinta-feira, novembro 27, 2008

Poema Efémero


Tecer-te em rios de palavras

Cálidas, sagazes,

Deslizando ao som

Das pedras luzidias

Dos meus pensamentos,

E entregar-te em mãos

A água dos meus olhos,

É o que me resta hoje,

No remate da presença física

Deste corpo pútrido.


Cerra-se o ciclo

E cala-se a voz,

No derradeiro poema

Disforme.


Todo o verso é doloroso

E assassino,

Desferindo o golpe fatal

E silencioso,

Sem que me aperceba,

Sem que reclame…


Vera Sousa Silva

quarta-feira, novembro 26, 2008

Ter-te como Amiga, Magda

Ter-te como amiga
É conhecer o Céu na Terra
E andar de mão dada
Com a alegria infinita,
Numa estrada sem buracos
E sem curvas perigosas.
É por saber que te tenho
Que o difícil se torna simples
E que se acende uma luz
Feita de estrelas cadentes
No meio da mais negra escuridão
Quando já estou cega.

Ser tua amiga é tão fácil…
E é esta a forma de amor
Que te tenho, orgulhosamente,
Desprendidamente…
Sei que estás sempre comigo
Como um anjo da guarda,
Que contigo partilho sorrisos
E lágrimas,
E que os teus braços
Estão sempre abertos,
Prontos a abraçar-me.

Ser tua amiga é tão simples
E é tão fácil amar-te…
Amiga!

Parabéns
Pedra Filosofal!

sábado, novembro 22, 2008

Parte de Mim... Viaja!


Não sei porque insisto nesta entrega absoluta, como se fosses o único homem na Terra capaz de me fazer feliz. Não sei o porquê desta obstinação, quando sei que nunca serei o teu Sol. Não sei porque me alimento de uma esperança escassa, que mais ninguém vê.

Se ao menos tu, meu amor, me dissesses nos meus olhos para não te esperar. Se ao menos tivesses essa coragem!

Nada mais me resta por aqui, a não ser a tua constante presença ilusória dos sentidos que me tremem e me transportam para um mundo pleno de poesia, onde eu subsisto apenas no teu olhar mágico de menino.

Em breve, muito em breve, a ilusão em que vivo esfumar-se-á, e abrir-se-ão valas negras no meu caminho, e as linhas ténues e invisíveis que me prendem aqui serão arrebatadas para um outro lugar, onde não existe amor, dor, cegueira ou sonhos…

Escorrerão, em breve, rubis da minha pele cansada.


Vera Sousa Silva

segunda-feira, novembro 17, 2008

Brisas do Mar de Vanda Paz



Queridos amigos,

Apresento-vos o primeiro livro de poesia de Vanda Paz! Chama-se “Brisas do Mar”, editado pela Edium Editores.
O prefácio é do escritor António Paiva, que também vai apresentar a obra.
A mãe - Helena Paz - desenhou e pintou a belíssima capa.
Para quem quiser partilhar estes momentos com a poeta, ficam aqui duas datas a marcar na agenda:
Pré - Lançamento
Dia 21 de Novembro na Escola Superior Agrária de Santarém em Santarém às 21 horas no Auditório da Escola
Lançamento
Dia 23 de Novembro no Museu do Vinho da Bairrada em Anadia, às 15 horas no Auditório do Museu

Apareçam :)

quinta-feira, novembro 13, 2008

Sou tua...



O meu corpo

Tem toque de veludo

Na entrega carnal

Dos afectos

E desejos incontidos

Que não escondo

Atrás de máscaras

De menina decente.


Sou mulher,

Inteira, completa,

E quero-te

Ávido de mim,

Sedento dos meus seios

E ansioso

Pelo roçar das minhas coxas

Que se abrem para te receber.


Completa-me e mistura-te

Com os fluidos lascivos

Que se unificam

Em matéria

Que anseio receber

Dentro de mim…


Vem…

Sou tua!
Vera Sousa Silva

sábado, novembro 08, 2008

No vazio da madrugada



Não é o frio de Inverno

Que me gela a alma,

Nem a chuva gelada

Que me cai no rosto,

Como quem se lava de sentimentos agrestes,

Capazes de ferir muito mais que o corpo.


Fiquei só,

Deixaste-me só,

No vazio da madrugada,

Que chorou baixinho, comigo.


Nem sequer olhaste para trás...

Não me olhaste nos olhos.


A ausência dos teus abraços

Torturam-me e gelam-me.

Não choro por ti,

Mas por mim.


Nunca deveria ter-te sorrido,

Nem passar-te a mão pela face,

Como quem entende.


Se nunca entendi…
Vera Sousa Silva

domingo, novembro 02, 2008

Mel de Carvalho - No Princípio era o Sol




Caros Amigos,
No próximo dia 8 de Novembro, pelas 16 horas, no Salão Nobre do Paço do Sobralinho (uma pequena vila entre Alverca e Vila Franca de Xira, na A1, sentido norte) vai ser o lançamento do livro de poesia "No princípio era o Sol", de Mel de Carvalho, pela Edium Editores, com prefácio de Júlio Saraiva.
O evento contará com a presença de diversas artes e com o apoio da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e da Junta de Freguesia do Sobralinho.
Contamos com a Vossa presença!
Deixo-vos algumas breves notas sobre a autora, que terão o prazer de conhecer.
"É a poesia que desfaz o interdito e tece delicada renda sobre a própria pele, desnudada em cada poema, para os olhos de quem almeja alcançar a plenitude da poética na palavra, eis a chave!"
Sandra Fonseca, psicóloga e poeta brasileira,

in Luso-poemas.net, sobre a escrita de Mel de Carvalho

Notas biográficas da autora:
Maria Amélia de Carvalho (Mel de Carvalho) nasce em Portugal, Lisboa, a 23 de Janeiro de 1961. Licenciada em Sociologia do Trabalho na Universidade Técnica de Lisboa. Em 2007 inícia Doutoramento na Universidade Nova de Lisboa em Ciências da Educação.
A par da actividade profissional na área social e educativa, publica pela primeira vez os seus trabalhos (da poesia aos contos…) na Internet em 2006.
Em 2007, dá à estampa o seu 1º livro, "Sibilam Pedras na Encosta", Corpos Editora.
Do seu curriculum literário fazem parte várias participações em Colectâneas/Antologias, nomeadamente: Antologia de Poesia e Prosa Poética Portuguesa Contemporânea, Vol. XVI, "Poiesis", Ed. Minerva; Antologia Escritores Brasileiros e Autores de países em Língua Portuguesa, 8ª Edição; Antologia Escritartes. No prelo II Antologia de Poetas Lusófonos; Antologia Luso-Poemas.

Blogs da Autora:

domingo, outubro 26, 2008

Momento



É aqui, na escuridão da noite, que encontro o meu caminho.

Iluminada pela lua, seguindo o rasto das estrelas cadentes, e com o silêncio roçando-me a alma, ao de leve.

Vem! Segue-me!

Não digas nada. Sente apenas...

Dá-me a tua mão e fecha os olhos. Fica assim, nesta quietude da noite. A nossa noite!

Pousa suavemente a tua mão esquerda no meu peito. Sentes? É teu este coração que bate amenamente, e, no entanto, com a força brutal deste amor que te tenho. Nasceu amando-te, e só agora te encontrou!

Respira profundamente e relaxa. Inspira a felicidade do momento. Quando acordares, na tua vida, no teu destino, esquecerás tudo isto. Mas o momento, o nosso momento, ficará para sempre!

Fecha os olhos... Sente! Lembras-te agora?
Vera Sousa Silva

domingo, outubro 19, 2008

Amante sensual

Abre a boca

E devora-me a língua

Em gestos soltos e precisos

Como se não te chegasse o tempo

Para me amares com loucura.

Enrosca-te nas minhas coxas

E prova o meu néctar de mulher.

Deixa-me gritar

E leva-me ao céu,

Entra em mim

Profundo,

Em movimentos perfeitos

De amante sensual,

E no fim

Sacia-me a sede

Do teu vigor.


Vera Sousa Silva

terça-feira, outubro 14, 2008

Alma Gémea

A noite ruiu nos meus olhos e a escuridão entrou-me no coração.

Tantos seres procuram uma vida inteira a alma gémea, aquela que nos completa, nos transforma, que nos adivinha os gestos e os desejos mais íntimos. Há quem nunca a encontre, ou se canse de procurar. E há seres como tu que, a troco de uma integridade absoluta que existe apenas aos teus olhos, são cegos. Têm na palma da mão o que uns buscam sem cessar e mesmo assim sacodem e repudiam o que lhes poderia dar a felicidade plena.

Sempre estive aqui e nunca me viste. Sempre te amei e nunca quiseste conhecer o verdadeiro amor.

Beija-me! Beija-me docemente ou dá-me um beijo brutal… Vais sentir quem eu sou. Beija-me!

A noite ruiu nos meus olhos e perdi os sonhos. Perdi-os? Não… Afinal nunca os tive. Foram meras ilusões. Falsas, como é falso tudo o que sonhas que existe no teu mundo.

Quando virás? Não sei… Nem sei se estarei ainda aqui… Talvez tenhas ainda tanto para aprender que nesta vida será tarde. Tarde demais para nós dois.

A escuridão entrou-me no coração e já não sei se será capaz de acender a luz da alma.


Vera Sousa Silva

segunda-feira, outubro 13, 2008

Parabéns PAI


Ter-te comigo, Pai,
É ter a quente luz do Sol
E ser a dona da Lua.
É navegar na ondulação do Mar
E poder tocar o Céu.
É conhecer a Alegria
E partilhar o teu Sorriso,
Sempre sábio,
Sempre presente.
Ter-te como Pai,
É saber o significado
Da Palavra AMOR!
***
PARABÉNS PAIZINHO,
pelos teus 77 aninhos.
Adoro-te muito e todos os dias me orgulho de ti!

sábado, outubro 11, 2008

O Grito


Tenho o grito preso na garganta,

Cravado no peito

Que inflama de dor.


Criei um mundo imaginário,

Tão meu, tão nosso,

Tão perfeito.


Ruiu no grito

Que não dei,

Rolou na lágrima

Que chorei

E ficou ali...


Cravado no peito!
Vera Sousa Silva

quinta-feira, outubro 02, 2008

Não me perguntes onde vou


É amargo o sabor desse gesto
Desprendido, com que me tomas
E me largas,
Como se eu não passasse de bonequinha de pano,
Com olhos apenas pincelados
Que nunca choram,
Sem alma e sem coração,
Sem sentimentos,
Sem desejos…

Amei-te mais, demais…
E muito mais
Do que aquilo que sabia do amor.

Deixei-te livre,
Não te atei o dedo
Nem te abracei o corpo.

Tive orgulho de um coração
Estupidamente imperfeito,
Inquieto…
E gritei alto ao vento
E ao mar…

Amei-te mais, demais…
E foi amargo.

Não me perguntes onde vou…
Vera Sousa Silva

segunda-feira, setembro 29, 2008

Nasci da tua ausência



Nasci da tua ausência,

Entre os sussurros nocturnos

Da nudez da lua, pálida,

Como a névoa dos teus olhos,

Que te cega,

Indiferente aos queixumes

Sofridos,

Ardentes,

Chorados...

Vi-me coberta de lágrimas,

Invísivel ao inquieto amor

Que só geme em meu peito.

Mergulhei na escuridão

Da noite sagrada,

E perdi-me entre trilhos

De bosques sombrios

(Como a minha alma?)...

Mortifiquei-me destruída

Na sensibilidade da palavra

E ausentei-me

De um corpo

Que nunca foi meu.
Vera Sousa Silva

sábado, setembro 27, 2008

Mínimos Instantes, Máximos Momentos

A mesa de apresentação: da esquerda para a direita - o Poeta Xavier Zarco, o autor Paulo Afonso Ramos, em representação do Sr. Vereador da Cultura Dra. Vanda, editor da Edium Editores Jorge Castelo Branco, e da Biblioteca Municipal Dra. Cecília Neves

À viola, e com uma voz belíssima a Sandra Rodrigues, e a declamar lindamente algumas prosas poéticas Dionísio Dinis

Mais um belo instante

Momento de beleza rara, com taças tibetanas

O instante dos autógrafos e junto ao autor o livro de honra

quinta-feira, setembro 25, 2008

27 de Setembro


É já no próximo Sábado, dia 27 de Setembro, pelas 15 horas que vai ser o lançamento do livro Mínimos Instantes, de Paulo Afonso Ramos, pela Edium Editores.
O Auditório da Câmara Municipal da Amadora espera por todos nós, para assistirmos a um acontecimento inesquecível!
A apresentação da obra e do nosso querido autor estará a cargo do poeta Xavier Zarco.
No decorrer do evento serão declamados poemas do livro por Dionísio Dinis e interpretados trechos musicais por Sandra Rodrigues.
Para os que não sabem como chegar... cliquem AQUI e apareçam!
Até Sábado :)

terça-feira, setembro 16, 2008

Paulo Afonso Ramos em Évora com Mínimos Instantes


Antes do lançamento de Mínimos Instantes, Paulo Afonso Ramos passará por Évora, onde brindará os seus leitores com a sua agradável presença e com o seu sorriso!
Programa para Évora:
Dia 24 de Setembro – Escola E B 1 de Chafariz D’EL Rei – Rua São Brás Regedouro
17.45h – Livraria Nazareth & Filhos – (Praça do Giraldo, 46)
23h – Rádio Telefonia Alentejo – Programa: Na Escuridão da Noite (este programa pode ser ouvido em 103.2FM ou em http://www.rta.com.pt)
Dia 25 de Setembro - 14h - Escola 1.º Ciclo Heróis do Ultramar - Avenida Heróis Ultramar
Se puderem passem por lá!
Os alentejanos são uns sortudos!!!

domingo, setembro 07, 2008

Quero-te! - De Paulo Afonso Ramos

Estejas onde estiveres, nesse mundo fantasia, quero-te nas profundezas do amor e nas intimidades do acto consumado, para que saibas que a paixão é um mero caminho para a consolidação dos corpos extasiados pela magna noção da épica condição do Ser.Quero-te… despida de preconceitos na magia do luar que abrilhanta a nossa condição de dois amantes da vertente lunática do mundo que gira em movimentos iguais, e nós, em gestos ritmados fugimos a esse mundo em viagens lunares como dois… elementos da terra prometida.

Procuramos, em segredo, construir o nosso próprio… paraíso.

Quero-te… sedenta de palavras, as que embalo para oferecer-te como uma flor ou como um castelo para que possas viver nesse mundo principesco das maratonas da fantasia.

Ainda que o tempo, esse marasmo que se apodera das nossas horas perdidas nos afaste dos nossos desejos, nos invada com barreiras reais que a vida nos faz nascer, ainda que os atropelos possam protelar a nossa conquista feita de persistência, ainda assim, quero-te… enquanto souber que poderás existir escondida num corpo qualquer, enquanto sentir que também me queres, Musa vestida de amor, despida pela carícia cor do sol, serás o meu luar das minhas noites de solidão, enquanto o nosso caminho não se cruzar na utopia do segredo em sequencias mágicas que adornam o nosso querer.

Quero-te… Musa vestida de poetisa nesse corpo de mulher!


Mais uma prosa poética da autoria de Paulo Afonso Ramos, cheia de sentimento. Aqui podem ouvir, na belíssima voz de Luís Gaspar!

No próximo dia 27 de Setembro, pelas 15 horas, no Auditório da Câmara Municipal da Amadora, Paulo Afonso Ramos vai lançar o seu livro "Mínimos Instantes", com belas prosas poéticas, que certamente a todos seduzirá.

Apareçam por lá e partilhem o momento! Garanto-vos que será inesquecível!


quinta-feira, agosto 28, 2008

Prosa Poética, de Paulo Afonso Ramos

Para Ti Poetisa


Os teus olhos de paz conseguem ler-me nas frases escondidas, conseguem auferir a veracidade de cada sentimento meu exposto ao vento e ao abandono de um qualquer comentário mais abstracto…

São os olhos da esperança que buscam o alimento para aquecer a alma em cada noite fria e solitária, são a arma que combate o presente… numa luta desmesurada por um amanhã quente e radioso. (São os teus ou os meus!) O teu corpo não cede…

Olhos! Encontram-se com os meus no céu azul, olhos que se fixam, no verde esperança da montanha que conseguiremos ultrapassar na caminhada para o paraíso. O teu corpo pede… (Será teu ou o meu?)

Mas é o teu sorriso que me guia, o seu brilho ilumina-me o caminho que palmilho no silêncio de cada noite na esperança de encontrar o teu rosto ansioso do momento.

Cada palavra é uma ponte que nos une. Cada desejo é uma força que nos fortifica.

Cada nascer do sol é aproximação do nosso objectivo, que está cada vez mais perto…

Um dia, depois dos caminhos ventosos e de ultrapassar os Alpes invernosos, de passar as planícies primaveris, irei encontrar-te numa tarde de um Outono distraído imerso numa singela tristeza vestida de saudade e eu apareço para abraçar-te…

E é nesse pôr-do-sol em que estaremos á porta do nosso destino, com um sorriso cúmplice, que deixaremos entrar mais uma noite diferente de todas as outras… será a nossa noite perfeita!

Espera-me! Poetisa do meu mundo fantasia…





terça-feira, agosto 26, 2008

A capa

O prometido é devido...


Aqui está a famosa capa...


Mínimos Instantes



segunda-feira, agosto 25, 2008

Paulo Afonso Ramos

Hoje quero falar de alguém especial... Alguém que escreve com alma e coração e que brinca com as palavras de forma única. Alguém que me é tão, mas tão especial, que chamar-lhe Amigo é pouco...

Paulo Jorge Afonso Ramos nasceu na Maternidade Alfredo da Costa em Lisboa, a 25 dia de Fevereiro de 1966. Viveu em Alcântara até aos 3 anos, altura em que foi viver para África. A sua infância foi passada em Moçambique. Voltou para Portugal e viveu nos Olivais Sul onde começou a sua viagem pelo mundo da escrita aos 10 anos de idade.
Só em Maio de 2001 começou a publicar poesia através da Editora Minerva, onde participou na Antologia de Poesia e Prosa Poética Portuguesa Contemporânea – “Poiesis” Volume V.
Participou ainda neste projecto “Poiesis” nos Volumes VII – (Maio 2002) e no Volume VIII – (Dezembro 2002).
Em 2006 concretizou o seu grande sonho, ao ver o nascimento do seu primeiro livro de poesia, editado pela Edições Ecopy com o nome de “Vinte e Cinco Minutos de Fantasia”, um livro que reflecte o seu olhar pelo amor, pelos sentimentos e pelas pessoas em forma de poesia.
Escreve com assiduidade no seu blog Poesia de Paulo Afonso Ramos, que vos convido a conhecer!
No próximo dia 27 de Setembro, no Auditório da Câmara Municipal da Amadora, Paulo Afonso Ramos vai-nos dar o prazer de lançar o seu livro "Mínimos Instantes". Um livro recheado de prosas poéticas que, garanto, vos vai encantar!
No próximo post verão aqui a capa! Até lá podem-na espreitar no blog do Paulo!

segunda-feira, agosto 11, 2008

Que seria de ti Poesia?



Deixa-os seguir em frente, livres,

Ardendo na fogueira das vaidades,

Gananciosos pelo versos (im)perfeitos.


Gritam ao Mundo a sua loucura

Cegamente, com falsa glória...

Pobres poetas!


Que seria de ti? Que seria...

Se apenas te amassem Poesia?


Vera Sousa Silva

sábado, agosto 09, 2008

Parabéns meu amor

Parabéns minha Princesa, pelo teu 13º aniversário!

Trouxeste-me cor e alegria,

Ao olhar-te conheci o Amor,

Tesouro da minha vida!

Intensa luz brilha em teus olhos

Aumentando a alegria do meu viver.

Ninguém é mais feliz que eu

Amor da minha vida!

Beijo grande da Mamã! Sê muito, muito feliz!!!
Amo-te muito

quarta-feira, agosto 06, 2008

Saberás o que queres?

Não temas amar-me

Nem receies os calafrios que te provoco.

São meros sentimentos

E o egoísmo fica-te mal...

Sou mulher, sou inteira

E amo-te assim,

De uma forma que jamais entenderás.

Não tentes entrar no azul dos meus olhos

Porque te afogarias.

A tua alma já está possuída

Pelo meu coração...

Mesmo que não queiras!

Não me ouças a dormir

Se te sussurro num lamento

Quando estás aqui

E me viras as costas.

Provocas-me e atiças-me,

Afastas-me...

Saberás o que queres?


Eu sei...

Quero-te a ti!


Não sorrias...

Não sejas convencido!

Não fujas,

Escondida ando eu...

Mas apenas de mim.


Vera Sousa Silva



quinta-feira, julho 24, 2008

Querer-te apenas...

Não me tragas mais lágrimas! As minhas são mar de abundância e de dor.
É muita crueldade amar-te e não te querer. Sou insana e impura… Não tenho já razão, nem juízo.
A terra que piso é áspera e seca (quase como eu…) e o sol queima-me sem pudor o corpo nu que plantei na ribanceira das palavras.
Ah meu amor!… Se me cobrisses o corpo com beijos e me abraçasses assim a alma… Como quando entras nos meus sonhos! Mas nem tentes! Mandar-te-ia embora e ficaria ali, quieta, muda, eu e as lágrimas (malditas!).
As trevas entraram-me na carne e quando me firo o sangue é negro, quase da cor dos teus olhos. Amar-te e não te querer é tortura a que me voto propositadamente, porque gosto do sabor a sal, deste aperto no peito, desta inquietude da alma. É assim que te quero… amando-te na distância, colocando-te na lua, bem longe de mim, para que te tenha mais saudades e para me purificar pelo erro do desejo.
As palavras… fogem-me! Penso que caíram já todas, ou afogaram-se! Não te consigo já dizer o que sinto e não sei porque sinto, se apenas queria não sentir. Não sentir, não chorar, não sofrer… e apenas querer-te!

Vera Sousa Silva

terça-feira, julho 01, 2008

XI Concurso Luso-Poemas - Vinho Quente


Apresento-vos o poema "Vinho Quente", com que venci (sim, sim, não sei como, mas venci mesmo) o XI Concurso Luso-Poemas, sob o tema “O Vinho”!


Vinho Quente


Escorregas em mim quente,

Doce.

Adivinho-te pelo odor puro,

Frutado.

E apeteces-me…

Tua cor de sangue desperta-me o desejo

De te ter assim meu, nosso…

Ardente,

Quente!

Não te bebo,

Saboreio-te na lucidez da noite,

Brindo à lua que se despe devagar,

Pálida, invejosa.

Mas és só meu e escorregas em mim…

Quente,

Ardente…


Vera Sousa Silva

sexta-feira, junho 20, 2008

Declaração


Esvazia-me a tristeza dos meus olhos
Que brilham na tua presença
E te pousam no regaço, devagar.
Lava-me o sorriso falso do rosto
Com as lágrimas que te tombam
Pela inquietude da dúvida.

Não verás que tudo é falso em mim?

Atiça-me a raiva e amarra-me
Numa qualquer onda que bata na areia
E se cruze nos teus pés.
Tira-me a venda e empurra-me
Na direcção da cruel verdade,
Se te é tão simples não me amar.

Não verás que tenho medo?

Rasga-me esta capa de orgulho
Que me cobre de nuvens cinzentas
E me chove os dias primaveris.
Obriga-me a soletrar as palavras
Que não te ouso dizer
E tapa-me a nudez da sensibilidade.

Não verás que te amo?
Vera Sousa Silva

sábado, junho 14, 2008

Suavidade do Amor


Perco-me na tua geografia secreta
Onde encontro caminhos
Que percorro com desejo
Descobrindo novos mundos,
Novos sabores e sentidos,
Entre cheiros e toques
Na suavidade do amor.
Entre ondas ferventes,
Entrego-me à luxúria do desejo,
Na profundeza dos suspiros
Que soltamos uníssonos.
Movem-se ondas salgadas
Vagarosas e pacientes,
Orvalhadas de cobiça e afectos
Benevolentes e famintas de nós.


Vera Sousa Silva

domingo, junho 08, 2008

Traço vazio



O traço vazio marca o tempo, suja o papel, outrora imaculado e ávido de palavras.

A realidade mostra-se cruel, ingrata e impiedosa. Diferente, tão diferente dos sonhos…

Finjo que não te amo, esperando que penses que senti apenas uma paixão passageira, dessas que nos rebentam o coração em taquicardias e que nos fazem faltar o ar por breves instantes. Assim talvez continues por perto, sem receios.

Por vezes caminho sem rumo e já não tenho esperança de ouvir as palavras que esperei por séculos, com avidez e fome, como a folha de papel à minha frente. As estradas parecem-me todas iguais e já não espero ver-te na próxima esquina, esperando-me com um ramo de tulipas, sorrindo, com esse teu ar doce e angelical, tão de menino, tão teu…

Sem esperança fica o sonho que combato acordada e em silêncio… mas à noite…

À noite sonho contigo, secretamente! Temos uma nova vida em que nos basta atravessar a ponte do pensamento e somos apenas um, por alguns instantes. Eu sou a Lua e tu o Sol e cruzamo-nos no espaço infinito, em que o sonho acontece devagar, subtil e intenso. Não há barreiras nem distância, apenas Amor, puro, doce, suave… As tuas mãos entrelaçam-se nas minhas e juntos vemos o sorriso das estrelas.

A realidade é tão diferente…

O traço vazio marca o tempo, suja o papel, e eu já nada espero de ti.


Vera Sousa Silva

quarta-feira, junho 04, 2008

Convite - Rosa Maria Anselmo

Queridos Amigos
No próximo sábado, dia 7 de Junho, pelas 16 horas, no Diana Bar – Av. dos Banhos, Praia da Póvoa de Varzim, será o lançamento do livro Sinais do Silêncio, da minha querida amiga Rosa Maria Anselmo.
A apresentação do Livro será feita pela poetisa Conceição Bernardino, e o prefácio da autoria de Alice Santos. Aqui fica um excerto desse mesmo prefácio:
"No segundo livro de Rosa Maria encontramos uma mulher muito mais liberta, onde a escrita e a paixão andam de mãos dadas, inseparáveis, qual par de amantes.Surge uma Rosa que resolveu desabrochar e nos mostra a alma desnudada, sem pudor ou preconceito, sem receios, medos, falsos moralismos. Uma mulher mais atrevida nas palavras, com diálogos interditos, e, por isso, mais despida de si e vestida de candura, sedução e desejos.A sua essência consegue conquistar o impossível pois, quem ler estes versos vai ser protagonista do encontro mágico entre o ser e o sentir.A poesia entranha-se de mansinho na alma do leitor, entreabrindo a porta da imaginação e deixando-o transformar-se em tudo o que sempre sonhou e nunca ousou concretizar."
Se tiverem oportunidade apareçam para dar um abraço à Rosa! Ela merece!

domingo, junho 01, 2008

Profícuo


Sinto-te parte de mim,

Dono da minha alma

Que se despe

E entrega a ti

Num murmúrio suave.

As palavras soltam-se

Indecifráveis,

Frágeis,

A medo...


Je t'aime mon ange!


És parte de mim,

Do meu corpo.

Mesmo na distância

Tens-me e sou tua.

Na tua ausência

Os dias sorriem-me

Mesmo sem saberem.


Parce que je t'aime

Je te embrasse

Avec l'âme!


Vera Sousa Silva