É amargo o sabor desse gesto
Desprendido, com que me tomas
E me largas,
Como se eu não passasse de bonequinha de pano,
Com olhos apenas pincelados
Que nunca choram,
Sem alma e sem coração,
Sem sentimentos,
Sem desejos…
Amei-te mais, demais…
E muito mais
Do que aquilo que sabia do amor.
Deixei-te livre,
Não te atei o dedo
Nem te abracei o corpo.
Tive orgulho de um coração
Estupidamente imperfeito,
Inquieto…
E gritei alto ao vento
E ao mar…
Amei-te mais, demais…
E foi amargo.
Não me perguntes onde vou…
Desprendido, com que me tomas
E me largas,
Como se eu não passasse de bonequinha de pano,
Com olhos apenas pincelados
Que nunca choram,
Sem alma e sem coração,
Sem sentimentos,
Sem desejos…
Amei-te mais, demais…
E muito mais
Do que aquilo que sabia do amor.
Deixei-te livre,
Não te atei o dedo
Nem te abracei o corpo.
Tive orgulho de um coração
Estupidamente imperfeito,
Inquieto…
E gritei alto ao vento
E ao mar…
Amei-te mais, demais…
E foi amargo.
Não me perguntes onde vou…
Vera Sousa Silva
15 comentários:
Minha querida Vera
Nunca se ama demais... porque o amor não tem medida...
Há uma única coisa de que me arrependeo na vida: de não ter amado AINDA MAIS...
Um beijo grande
claro que queria dizer "arrependo"
:)
;)
Cumprimentos
"Tive orgulho de um coração
Estupidamente imperfeito,
Inquieto…
E gritei alto ao vento
E ao mar…"
"É amargo o sabor desse gesto"
Podia comentar este poema com as tuas palavras, e podia ser assim, mas não porque é um poema que rquer muito mais... Ainda assim deixo apenas uma palavra:
Demais...
Beijo imperfeito
Vera
Este até arrepia de tão sentido ser...!
Será que tem eco?
Será que causa impacto?
Pois deveria, no coração de quem dele te fez sofrer...
Beijo
Muito envolvente. Muito ...mesmo.
Espero que não seja o teu estado...
Beijinho.
Menina, que lindo texto!
"Como se eu não passasse de bonequinha de pano"
...adorei ler isso!
Nunca se ama demais...
Ao ler-te recordei Miguel Esteves Cardoso e o seu Elogio ao Amor, de que deixo um excerto:
"...Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental"."
Uma excelente crónica sobre o Amor que vale a pena ler...
e, como diria O'Neil
"O amor é o amor - e depois?!"
Um abraço ;)
Nunca se ama demais. Ama-se. E pronto. cada um dos teus poemas é mais lindo que o anterior
Não há medidas para o amor. Não se ama demais. Há, sim, medidas para medir o cinzento que caia as paredes do nosso coração. Mas... por cima do cinzento, um dia, outra cor de luz surgirá.
Deliciei-me a ler mais este seu belo poema.
Beijinhos
Rita Carrapato
Que doce forma de evocar o amargo de amar demais/amar de menos!
MV
.querida Vera
amar
_______nem sempre
tem.o.doce____sabor________________[...]
beijO____
bSemana
A poetiza a respirar sublimes palavras...
Doce beijo
O amor é tão complicado, e ao mesmo tempo tão simples, que é difícil tecer grandes considerações sobre ele, principalmente perante uma situação em concreto como a que muito bem descreves no teu poema.
Amar demais é sempre discutível, mas o teu poema é excelente. Eu gostei imenso.
Beijinhos.
amar nunca é amargo...
porque o amor é doce.
o poema é enorme
parabéns
Enviar um comentário