sábado, janeiro 03, 2009

Súplica


Resguardo-me no silêncio fusco da noite

Oculta entre palavras indizíveis

E quedo-me na extensão

Dos sentimentos condoídos

Que me abarcam…


Cerrei a passagem ao meu peito

E aos meus actos

Numa atitude de percepção

Da crueldade alheia

E fico-me nestas razões

Protectoras da sensibilidade

Que me pertence secretamente.



Não mais ouvirás teu nome

Gritado pela minha alma

(já selada por feitiço).



Deixo-te entregue à luminosidade

Do tempo que te seduz

E reclino-me no desprezo

A que me votaste amargamente.


Não me peças sorrisos…

Dispensar-te-ia apenas os pérfidos

(e morreria por dentro).
Vera Sousa Silva

19 comentários:

guvidu disse...

dor de desamor mt bem cantada...q seja fingida pk se fôr genuína, votos para q em breve se recomponha para um amor alegre :)

Maria disse...

É enorme a diferença que encontro entre estes poemas de agora e os teus primeiros...
... como cresceste literariamente, Vera! Que bonito este poema! (embora rasgado...)

Beijinhos

vieira calado disse...

Olá, amiga Vera!

Venho aqui especialmente para te desejar um Novo Ano repleto de alegrias e muita inspiração.

Quanto ao meu poema longo... tenho outros bem mais longos e é difícil colocar excertos no blog.

Mas um destes dias ponho mais...

Beijinhos

Heduardo Kiesse disse...

poesia - encanto!! palavras de levar na alma e deixar ficar... saboreando cada uma - lentamente...
tu, aqui longe. e eu aqui perto em Queluz-Belas :-)



2009 beijinhos

meus instantes e momentos disse...

lindo post, é muito bom vir aqui.Inspira, gosto daqui.
Maurizio

Andreia disse...

Saudade? Está lindo! *

Anónimo disse...

em esperança,
aguardo-te no silêncio da luz nocturna,
no embalo do chamamento divino
que faz as pontes de vida.

nenhum nome está ausente!
todos são letras em luz.

e nada se pede,
pois tudo já é.

Vera,

a tua súplica é bela!

obrigado
Vicente

Anónimo disse...

eu quero que tu sorrias
sempre sempre
estas cada vez melhor
beijocas da manocas chau

Anónimo disse...

Escreves muito bem!
A tua poesia encanta quem a lê.
Parabéns.
Beijo

Delfim Peixoto disse...

Um poema decisivo, com uma certa amargura, mas com beleza nas imagens provocadas
Bjs

Ava disse...

Vera, quantas vezes morremos por
dentro!
" Não me peças sorrisos..."

Que belo e triste poema!
O amor é sempre assim!
Algo belo e triste!
Não sei por que... rs
Mas nos inspira sempre!

Beijos

Pena disse...

Ternura Amiga:
Deixo a sua inconfundível beleza e enorme encanto com um extrato de um texto meu:
Neste Ano Novo de 2009, acreditem em Vós e acreditem que há sempre um lugar para a Felicidade.

Sinto perplexidade e espanto quando me assolam pensamentos que advêm de seres infelizes, descrentes de uma felicidade que tarda a chegar, não sei por que razão.

Nem que seja por instantes. Presentes. Pausadamente respirados. Ou sôfregos. Emotivos. Ou frios. Doces. Ou distantes. Ternos. Ou sem ternura. Alegres. Ou tristes.
Mas, intensamente vividos. Plenamente! Repletos de autenticidade. Verdadeiros. Sentidos. Únicos.
A Felicidade também pode ser sofrida. Angustiada porque não surge camuflada, escondida. É real ou sonhada em sonhos bons.

Beijinhos de um sonhador ignorado do mundo...com muito respeito, estima e um "sentir" gigantesco de amizade e encanto pelo que carinhosamente "constrói" com dedicação imensa...
Com cordialidade sentida e sincera

pena

OBRIGADO por existir!

Juani disse...

QUE TUS SUEÑOS SE CUMPLAN EN EL 2009
SALUDITOS

Anónimo disse...

Gostei muito deste poema e tb do blog.
Felicidades!

Delfim Peixoto disse...

Tens uma prenda no meu Blog,

Daniel Aladiah disse...

Querida Vera
Poema tão sofrido e sentido(?)...
Um feliz 2009 para ti!
Um beijo
Daniel

Mel de Carvalho disse...

Querida Vera,

pouco presente em 2008 nos blogs por "n" razões, venho agora neste dia de Reis abraçar os amigos quem como tu, me marcaram, igualmente por "n" razões.

Feliz 2009. do fundo do coração!

Que a "súplica" sejam poemas como este (lindo, que já conhecia da casinha ali ao lado) e que não sejam outras, como aquelas que tanto nos magoam, de atentados à liberdade e à cidadania.

Beijo saudoso e muito amigo da
Mel

Carla Ribeiro disse...

Olá, Vera! Passei para ler um pouco mais da tua poesia, inspirada e profunda na emoção e na magia, como sempre acontece nas tuas palavras.

Beijinhos...
Carla

continuando assim... disse...

desamor.... inverdades...

gostei muito

convido-te a visitares o meu blog

www.palavrasdateresa.blogspot.com

um beijo de parabéns

e muitas felicidades para o lançamento do livro!

teresa