Cobre-se de negro a face pálida…
Perdem-se as palavras
No vazio do silêncio,
E escondem-se as mãos
Em bolsos sem fundo,
Algemadas pela dor da saudade.
Acorrentam-se sentimentos
A sombras tenebrosas,
Omitem-se palavras e gestos
E esvazia-se a alma
Num
Onde nem a luz penetra.
Vem a morte deitar-se na cama
Tomando o ensejo da cobiça.
Deixo-me estar, invadida e resoluta,
Até que me sorva integralmente,
Sem contestar,
Embriagada pela condolência
E navego no instante da futilidade
Intoxicada pelo teu veneno.
Sou perversidade sem palavras
Exigindo a morte silenciosamente.
Vera Sousa Silva
12 comentários:
muito bom seu post...
Abraço
Carinho é plumagem bonita, macia, gostosa de sentir.
Quem dá afeto se fortifica; quem o recebe se acalma,
se tranqüiliza, se equilibra.
Um ótimo final de semana, com muito carinho.
Abraço
Acho o poema um pouco pessimista.
Mas a poesia não tem fronteiras.
Beijinhos
Há uma tristeza "triste"...neste vaguear de palavras sombras.
Há, como sempre uma construção fabulosa de um enredo mestre.
Beijinho
Vera...
Há venenos sem antidoto... esses que nos levam as palavras e nos alimentam o extase!...
Lindo o teu poema!
Doces beijos!
Vera,
Poema denso de sentidos e sensações, com imagens poéticas maravilhosas. Lindo, minha linda!
Bjins, Betha.
Se eu não sentisse a ficção no teu poema iria já ligar para o 112...
Querida amiga, mais um excelente poema. Parabéns.
Boa semana, beijo.
Belíssimo o teu poema, Vera...
Beijinhos
deixas-me a pensar
bonito
da manocas chau
esqueci de mandar
um beijooooooooooooooo
da manocas chauuuuu
preversamente...palavras...
De visita ao belo blog de uma poetisa que muito admiro.
Bjos.
Giraldoff
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