O tempo come-te a carne
e vomita flores perfumadas,
selvaticamente.
Ardem os livros
no inferno da Palavra
e o gosto a mel
percorre-te a língua, ávida.
Queixumes e lágrimas
acordam o Poema sagrado,
que desfaz a iliteracia
e aplaude o Poeta
compassivo do tempo
que come carne
e vomita flores.
Vera Sousa Silva
5 comentários:
Olá menina: Lindo poema adorei, mas o tempo do poeta nunca acaba o poeta tem sempre tempo para escrever, porque o poeta nunca erra apenas escreve aquilo que não existe.
Um beijo
Santa Cruz
Há muito tempo que aqui não vinha. Entrei hoje e encontrei um poema de luxo.
Belo! Verdadeiro! Profundo! Faz tremer o peito e a pele, este "Tempo acabado de um Poeta", de carne comida, mas de alma sempre recordada.
Destaco:"O tempo come-te a carne e vomita flores perfumadas,selvaticamente."
Grande beijinho poeta
Um pouco antropófago
Gostei bastante, representa bem tudo a que o poeta se "submete" para dar ar às palavras. Parabéns
Gostei. =)
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