Tu dizias
(e eu, menina, acreditava)
que o equilíbrio da Terra
segurava o Sol
com a força do Amor.
Dizias, sorrindo,
que semeando eu colhia
e valia a pena, se valia,
esperar!
Dizias, tanto dizias,
que o caminho da felicidade
era enfeitado de pedras,
mas caminhando
(suavemente, sem pressa)
no fundo da estrada
o chão era macio.
Dizias, dizias-me...
Tanto me falavas da esperança
e do amanhecer sublime,
do feitiço do desejo
e da beleza da vida,
da ânsia do corpo
e da loucura da mente,
do amor que teria...
Dizias...
E eu, menina, acreditava
no que dizias.
Hoje sou apenas Mulher!
Vera Sousa Silva
5 comentários:
Com um ótimo encadeamento e fluidez, Vera consegue conjugar o verbo poético, na sua vertente intimista-romântica de forma convincente. O sujeito lírico que de tanto esperar, quando ainda imatura para o amor e amar transmuta em mulher, a palavra única em sugerir a maturidade e a superação da situação. Saudades... preciso conversar contigo... Beijos e saudações de Claudio.
Adorei o poema, cheio de musicalidade e harmonia de palavras e ideias! Bjs
uma cascata de imagens poéticas!
poesia genuina, como a água mais pura.
beijo
Oi, gostei muito do seu blog :}
Estou te seguindo de possivel, passe do meu para conhecer um pouco..
Beijos
... e já é tanto.
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