Beija-me os lábios carnudos
e rasga-me a roupa
com a loucura do desejo
que te toma
e t'incendeia.
Percorre-me o corpo sedento
e toma-me como tua outra vez.
Abocanha-me os seios,
aperta-me, agarra-me,
como s’eu fosse fugir...
Entra em mim erecto
e crava-me fundo, profundo,
a tua força de macho amado.
Usa-me, abusa dos segredos
e profana-me corpo e alma,
por cima, por baixo,
à frente, atrás...
Faz-me tua puta-mulher
e não faças amor comigo hoje...
Fode-me!
Vera Sousa Silva
no livro "Bipolaridades", Lua de Marfim Editora
6 comentários:
Erupção da tua alma num poema em lava viva.
Involuntariamente, li sustendo a respiração, ofegante ao último verso. Beijo
romeiro
Forte, mas lindo.
Continuas a escrever poesia como poucos. Ainda me lembro quando gatinhavas... como eu... que ainda gatinho...
Um beijo, querida amiga Vera.
Há dias assim
a despertar a sombra
até ser outro dia
nos mastros mais altos
Poema forte!
Refletindo vontades tamanhas...
e sentimentos augustos.
Muito bom!
Gosto
Gosto....
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