domingo, maio 05, 2013

A minha escolha





Sou quem sabe da minha morte,
escolho o tempo
e a forma,
a banda sonora
e a sequência final.

Não quero flores
de quem nunca me as deu
com um sorriso perfumado.

Não quero lágrimas
de quem nunca me soube
amar, como mereci.

Não quero palavras
de quem nunca teve tempo
nem paciência para me ouvir.

Quero apenas poemas
num livro branco,
escritos pela alma
de quem um dia
morreu feliz.

Vera Sousa Silva


9 comentários:

Don Décio disse...

muito bom :)

Manuel Veiga disse...

poema muito belo.

gostei. deveras.

Manuel Veiga disse...

belíssimo poema.
beijo

Mar Arável disse...

Não há morte

nem princípio

Daniel Aladiah disse...

Querida Vera
Dir-se-ia um belo epitáfio, mas com certeza a alegoria poética deixará a morte adiada por muito tempo.
Beijo
Daniel

Mar Arável disse...

Não há morte

nem princípio

vieira calado disse...

O que todos nós queríamos, amiga!
Beijinho para si!

Mar Arável disse...

Não há morte

nem princípio

Anónimo disse...

Olá, Vera!
Acabo de descobrir este seu espaço e, por isso, não podia deixar de vir espreitar!
Verifico que, talcomo eu no meu "in_er_te", não tem sido muito assídua na blogosfera mas, mesmo assim, estou certo que irei aqui deleitar-me com muitos de seus escritos!
Beijinho, querida amiga, com um convite para uma visita ao meu blogue!
Joaquim do Carmo