Existe o mar, bravo, livre, solto, azul… salgado como as minhas lágrimas, distante, como o meu amor.
Existe a morte, que espero ansiosa, onde cairei num sono eterno.
Não mais sonharei contigo. Nunca mais serás o primeiro pensamento do meu dia, nem invadirás as minhas insónias constantes.
Existe tanto para além de ti, e esse tanto, que tanto queria agarrar, foge-me. Escorre-me entre os dedos como a areia fina da praia do meu Inverno.Sei de tanto que existe… E sei também que não existe amor. Não da tua parte. Existe apenas desprezo pelo que sinto. E sinto, sinto tanto! E odeio-me pelo tanto que sinto, e sinto, e sinto…
A noite, triste, assombra-me e as estrelas do meu céu esfumam-se, como se esfumou a esperança. Sim, já tive esperança. Essa maldita que morreu com as palavras que nunca me disseste, com beijo que nunca senti, com o amor que não existe.
Vera Silva
14 comentários:
Porreio pá!!!!
Pronto. Comentei como achavas que devia fazer!. ahaha
e agora o comentário sério. Aquele que eu acho que devo fazer.
Tens jeito miuda. Pareces-me um bocadito insegura das tuas capacidades na prosa, mas, deixa-me que te diga que não precisas de as ter. As qualidades estão lá, bem presentes. Por isso... quero mais!!!
Bem... Palavras para quê? Gostei do que li!
Bjs amiga,
LG
amargas letras essas.
Bela surpresa... continua...
Beijo sonhador
O amor não existe...Existe um sentimento que toma conta de tudo, que nos faz perder os sentidos...Que nos envolve...E no final só nos machuca...
Texto simplismente maravilhoso;;;
http://surtandonodiva@blogspot.com/
Ola Vera.
Faço das palavras de alguém as minhas.
Fiquei surpreendida por ter aberto o teu blog e ter visto um texto em prosa, mas foi uma agradavel surpresa, sem duvida alguma!
Se nao levares a mal, sabes que me revi neste teu texto.... ? :)
Beijinho.
www.memoriasecretas.blogs.sapo.pt
ena, novidades neste novo ano-uns bons textos .... feliz 2008*
Vera, tanto como na poesia, você encanta com este texto emprosa.
Apesar da tristeza do tema, é muito bonito.
Foi agradável surpresa.
beijos
Lamento informar-te, cara amiga Verinha, que o amor existe mesmo.
Sim, porque "Amar é..."
Amar é escutarmos paraísos
que perpassam sussurros calados
quando a voz arde vibrante
na orelha quente da boca.
É sermos assaltados mansamente
por noites de furor totalitário,
convertidas em chuva
de sol estilhaçado
em mil centelhas buliçosas
às janelas vivas do olhar.
É revestirmos madrugadas
com bálsamos de incenso
a queimar-nos as entranhas de lua.
É perdermos de vista as estrelas
em trajectórias cadentes
engastadas no corpo
a desmantelar-se inteiro
à velocidade da luz.
É vermos de olhos fechados por gemidos
todos os sins que as nossas
bocas quebradas confessam.
É entrar com toda a luz presa da mente
nas portas do Olimpo
escancaradas pelas unhas
que riscam chaves nas costas.
Amar é recriarmos o amor, continuamente,
no ruído e no silêncio partilhados
da procura de nós mesmos.
Mas gostei da tua nova faceta literária, a prosa.
Beijinhos.
Verita,
Claro que o amor existe, como o Fênix, renasce sempre das cinzas, impossível se matar o amor, como a Hidra, brota mais forte a cada golpe de espada.
Por ser exato, o amor não cabe em si, por ser encantado o amor revelá-se, por ser amor, invade e fim.
abs.
Uma prosa muito boa, um tema bem desenvolvido, talvez uma certa amargura, nostalgia ou desamor, mas não deixe por isso de ser considerado um bom texto...
beijo
Estimada Amiga:
Num versejar que constrói com imenso amor e um lidar magnífico com as palavras, efectua uma viagem dum sentir desencatado.
Inconformismo? Esperança em melhores dias?
Olhe, a mensagem é triste. Porquê?
É tão linda!!!!!!!!
Verseja a vida e merece todo o amor do mundo, acredite?
Perfeito poema como concebe a vida que é a sua vida.
Vá. Força!
A vida é tão magnífica!
Estarei sempre aqui.
Beijinhos doces amigos.
Com respeito e grande estima
pena
Tão belo quanto triste!***
existe,sim. acontece que por vezes não está no lugar certo!
beijos
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