Não é o frio de Inverno
Que me gela a alma,
Nem a chuva gelada
Que me cai no rosto,
Como quem se lava de sentimentos agrestes,
Capazes de ferir muito mais que o corpo.
Fiquei só,
Deixaste-me só,
No vazio da madrugada,
Que chorou baixinho, comigo.
Nem sequer olhaste para trás...
Não me olhaste nos olhos.
A ausência dos teus abraços
Torturam-me e gelam-me.
Não choro por ti,
Mas por mim.
Nunca deveria ter-te sorrido,
Nem passar-te a mão pela face,
Como quem entende.
Se nunca entendi…
Vera Sousa Silva
8 comentários:
Os dias cinzentos acinzentam-nos um pouco... mas amanhã será um dia de sol (no princípio era o sol), e tu vais sorrir muito...
Beijinhos, Vera
de uma profundidade atroz... só comparável a sua beleza poética
imprime uma dinâmica sentimental que obriga-nos a sentir
a desejar, a ler como se fosse nosso… sublime!
esplêndido
abraço
António
Quantos «vazios» andam por aí na ânsia de serem preenchidos?!
Gostei sinceramente da profundidade e do ardor poético plasmado neste poema!
NO seu poema senti o frio, um frio a gelar sentimentos. Mas... aqueceu-se-me o sorriso ao ler tão lindas palavras.
Beijinhos
MV
poema muito belo. terno e doce...
beijos
...é! Por vezes, parece que o carinho foi desperdiçado...
Muito bonito, Vera!
Beijos de luz e o meu carinho...
um poema tão belo e no entanto triste.
gostei de ler.
beij
Quando o dia nascer, vais ver que a madrugada deixa de estar fria. E que irás deixar de chorar
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