Tecer-te em rios de palavras
Cálidas, sagazes,
Deslizando ao som
Das pedras luzidias
Dos meus pensamentos,
E entregar-te em mãos
A água dos meus olhos,
É o que me resta hoje,
No remate da presença física
Deste corpo pútrido.
Cerra-se o ciclo
E cala-se a voz,
No derradeiro poema
Disforme.
Todo o verso é doloroso
E assassino,
Desferindo o golpe fatal
E silencioso,
Sem que me aperceba,
Sem que reclame…
Vera Sousa Silva
15 comentários:
Quando se cerra um ciclo abre-se outro...
Um beijo, Vera
O seu poema fez-me recuar a dois meses atrás.
O seu poema é sentido e belo.
;)
Quanto ao meu livro, faltam alguns pormenores para acertar.
Quando os tiver, faço um post e envio-lhe um mail.
Obrigado pelo seu interesse.
Beijoca
lindo lindo
tu estás muito muito poeta
um grande beijinho da manocas chau
poema muito bonito...
gostei.mesmo
Mas nunca te cales... continua a escrever poemas, porque eles não são efémeros, são perenes... os teus filhos e netos, por exemplo, irão lê-los quando forem adultos e perceberão, nessa altura, o real valor do que escreves.
Como é evidente, gostei imenso do poema.
Beijinhos.
bellos versos
saluditos
'Todo o verso é doloroso'
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Nem sempre. Há versos que irradiam alegria. Não é por acaso que existem os canticos religiosos.
Fica bem.
E a felicidade pertinho de ti.
Manuel
TENS UM DESAFIO LÁ NO MEU BLOG...BJS
....
Excelente!
Andei por aqui, recuperando o atraso.
Mais do que nunca cabe dizer que:
«Quem revela um poema, desnuda a alma».
É bom, muito bom, poder mergulhar nos teus desabafos de alma.
Obrigado pela visita, durante a minha ausência, e pelo teu comentário.
Um abraço
Lindo
A tua escrita é cada vez mais sensivel e sentida
Beijo grande
Deslizo no rio dos teus sentimentos e percebo como é profunda a tua escrita!
Adorei este teu poema...apesar de alguma dor que ele transmite. Mas poesia é assim mesmo...é para sentir, de que forma for!
Beijinhos*
Fanny
Olá, de novo.
Agora já sei:
O lançamento é no dia 13, em Lisboa,
no Auditório do Campo Grande,
nº 15 pelas 21 horas.
No final da semana farei postagem com mais detalhes.
»»»»
Relendo o seu poema, apetece-me agora realçar uma frase bem bonita:
"Dos meus pensamentos,
E entregar-te em mãos
A água dos meus olhos"
Beijoca
Palavras sábias, sentidas... Poema de quem sabe escrever e dizer!
Beijinhos***
Sarava!
Tudo (quase) é efémero.
beijocas
Voltei para ver se havia novidades.
Como não há, deixo-te "apenas" beijinhos.
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