quinta-feira, novembro 27, 2008

Poema Efémero


Tecer-te em rios de palavras

Cálidas, sagazes,

Deslizando ao som

Das pedras luzidias

Dos meus pensamentos,

E entregar-te em mãos

A água dos meus olhos,

É o que me resta hoje,

No remate da presença física

Deste corpo pútrido.


Cerra-se o ciclo

E cala-se a voz,

No derradeiro poema

Disforme.


Todo o verso é doloroso

E assassino,

Desferindo o golpe fatal

E silencioso,

Sem que me aperceba,

Sem que reclame…


Vera Sousa Silva

15 comentários:

Maria disse...

Quando se cerra um ciclo abre-se outro...

Um beijo, Vera

vieira calado disse...

O seu poema fez-me recuar a dois meses atrás.
O seu poema é sentido e belo.

;)

Quanto ao meu livro, faltam alguns pormenores para acertar.
Quando os tiver, faço um post e envio-lhe um mail.

Obrigado pelo seu interesse.
Beijoca

Anónimo disse...

lindo lindo
tu estás muito muito poeta
um grande beijinho da manocas chau

Manuel Veiga disse...

poema muito bonito...
gostei.mesmo

Nilson Barcelli disse...

Mas nunca te cales... continua a escrever poemas, porque eles não são efémeros, são perenes... os teus filhos e netos, por exemplo, irão lê-los quando forem adultos e perceberão, nessa altura, o real valor do que escreves.
Como é evidente, gostei imenso do poema.
Beijinhos.

Juani disse...

bellos versos
saluditos

DE-PROPOSITO disse...

'Todo o verso é doloroso'
-----------
Nem sempre. Há versos que irradiam alegria. Não é por acaso que existem os canticos religiosos.
Fica bem.
E a felicidade pertinho de ti.
Manuel

Paulo Afonso Ramos disse...

TENS UM DESAFIO LÁ NO MEU BLOG...BJS

Um Poema disse...

....

Excelente!

Andei por aqui, recuperando o atraso.
Mais do que nunca cabe dizer que:
«Quem revela um poema, desnuda a alma».
É bom, muito bom, poder mergulhar nos teus desabafos de alma.

Obrigado pela visita, durante a minha ausência, e pelo teu comentário.

Um abraço

Vanda Paz disse...

Lindo

A tua escrita é cada vez mais sensivel e sentida

Beijo grande

☆Fanny☆ disse...

Deslizo no rio dos teus sentimentos e percebo como é profunda a tua escrita!

Adorei este teu poema...apesar de alguma dor que ele transmite. Mas poesia é assim mesmo...é para sentir, de que forma for!

Beijinhos*

Fanny

vieira calado disse...

Olá, de novo.

Agora já sei:

O lançamento é no dia 13, em Lisboa,
no Auditório do Campo Grande,
nº 15 pelas 21 horas.
No final da semana farei postagem com mais detalhes.

»»»»

Relendo o seu poema, apetece-me agora realçar uma frase bem bonita:

"Dos meus pensamentos,
E entregar-te em mãos
A água dos meus olhos"

Beijoca

Maria Manuela Amaral disse...

Palavras sábias, sentidas... Poema de quem sabe escrever e dizer!

Beijinhos***

_E se eu fosse puta...Tu lias?_ disse...

Sarava!

Tudo (quase) é efémero.


beijocas

Nilson Barcelli disse...

Voltei para ver se havia novidades.
Como não há, deixo-te "apenas" beijinhos.