segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Entre ventos e tempestades


São feitas de vento e tempestade
As metáforas dos poemas
Que m’entrego em rasgos de luz
E o coração morde-me a alma
Que sangra em abastança.

Estranhamente a dor palpável
Move-se e invade-me
Deixando-me inquieta e suja
Entre náuseas e embriaguez
Que já não sinto…

Serei eu a louca que espera
Em decomposição veloz
O insensível dom do Amor?

Serei eu a demente que habita
Nas entranhas do teu ser
Deitada no caixão da indiferença?

Mato-me entre versos e orações
E a cada novo poema
Encurto a distância
Entre a vida e o fim acidental
Numa aparência regada de luz
Entre vento e tempestade.



Vera Sousa Silva

14 comentários:

Ava disse...

"Serei eu a demente que habita
Nas entranhas do teu ser
Deitada no caixão da indiferença?"
Muito forte! E lindo!
A cegueira do amor nos leva a atos transloucados...
A implorar um amor que nunca chega...

Um poema maravilhoso!!!

Beijos Vera!

O Poeta da Noite disse...

Sublime ;)

Carla Ribeiro disse...

Lindíssimo, sem dúvida.

Nilson Barcelli disse...

mais um belo poema cara amiga.
Desta vez, meio gótico, mas igualmente bom.
Bom Carnaval, beijo.

Anónimo disse...

tudo o que escreves é
muito muito lindooooooo
eu adorei
da manocas chau beijinhos

Ana Paula disse...

Fico sem palavras para descrever o que sinto depois de ler este lindíssimo poema! As palavras sem lugar a dúvidas tem que ser só tuas. Fico aguardando mais e mais...
Um beijinho

Mar Arável disse...

Entre ventos e tempestades

teremos de escolher

caminhos

muito antes de sermos escolhidos

Odele Souza disse...

Oi Vera,

Obrigada pro sua visita e comentário no blog de Flavia e por sua torcida para que haja justiça no julgamento que após mais de 10 anos de espera, começa dia 03 de março lá em Brasilia.

E você, continua escrevendo lindo!

Beijos.

Daniel Aladiah disse...

Querida Vera
Como se a sobrevivência fosse um castigo sem amor... não, não é nada disso, os tempos é que não são sempre iguais, verdade?
Um beijo
Daniel

tulipa disse...

OLÁ VERA

Lamento não ter podido ir ao lançamento do seu livro.
Vi as fotos e tudo correu lindamente.

De agora em diante, as minhas visitas serão mais espaçadas, pois só ao fim de semana poderei cá vir espreitar, durante a semana o meu tempo diminuiu de forma considerável; ao fim de 9 meses em casa, regressei ao trabalho, mas...outro trabalho, outras pessoas, outro lugar.
É tudo novo na minha vida: Ano novo, vida nova!!!

Convido-te para que espreites algumas fotos da exposição, no meu blog "Momentos Perfeitos", este é mais um dos muitos momentos perfeitos da minha vida.
Beijo terno.
Bom fim de semana.

Lamartine DIas disse...

Lindo e arrebatador este poema sobre o Amor, este sentimento que de insensível nada tem!!!

Cina De Moura - Autora deste blog/ Seu conteúdo disse...

Olá Vera,
Como sou uma das tuas fan's e porque adoro tua maneira de escrever, em meu blog se encontra um selo homenagem para ti.
Beijinhos

Oliver Pickwick disse...

Quase gótico. A melancolia esculpida com virtuose.
Um beijo!

Anónimo disse...

Um prazer imenso ler-te!

Beijinho