quarta-feira, abril 06, 2011

A minha escolha




Sou quem sabe da minha morte,

escolho o tempo

e a forma,

a banda sonora

e a sequência final.



Não quero flores

de quem nunca me as deu

com um sorriso perfumado.



Não quero lágrimas

de quem nunca me soube

amar, como mereci.



Não quero palavras

de quem nunca teve tempo

nem paciência para me ouvir.



Quero apenas poemas

num livro branco,

escritos pela alma

de quem um dia

morreu feliz.



Vera Sousa Silva