quinta-feira, novembro 27, 2008

Poema Efémero


Tecer-te em rios de palavras

Cálidas, sagazes,

Deslizando ao som

Das pedras luzidias

Dos meus pensamentos,

E entregar-te em mãos

A água dos meus olhos,

É o que me resta hoje,

No remate da presença física

Deste corpo pútrido.


Cerra-se o ciclo

E cala-se a voz,

No derradeiro poema

Disforme.


Todo o verso é doloroso

E assassino,

Desferindo o golpe fatal

E silencioso,

Sem que me aperceba,

Sem que reclame…


Vera Sousa Silva

quarta-feira, novembro 26, 2008

Ter-te como Amiga, Magda

Ter-te como amiga
É conhecer o Céu na Terra
E andar de mão dada
Com a alegria infinita,
Numa estrada sem buracos
E sem curvas perigosas.
É por saber que te tenho
Que o difícil se torna simples
E que se acende uma luz
Feita de estrelas cadentes
No meio da mais negra escuridão
Quando já estou cega.

Ser tua amiga é tão fácil…
E é esta a forma de amor
Que te tenho, orgulhosamente,
Desprendidamente…
Sei que estás sempre comigo
Como um anjo da guarda,
Que contigo partilho sorrisos
E lágrimas,
E que os teus braços
Estão sempre abertos,
Prontos a abraçar-me.

Ser tua amiga é tão simples
E é tão fácil amar-te…
Amiga!

Parabéns
Pedra Filosofal!

sábado, novembro 22, 2008

Parte de Mim... Viaja!


Não sei porque insisto nesta entrega absoluta, como se fosses o único homem na Terra capaz de me fazer feliz. Não sei o porquê desta obstinação, quando sei que nunca serei o teu Sol. Não sei porque me alimento de uma esperança escassa, que mais ninguém vê.

Se ao menos tu, meu amor, me dissesses nos meus olhos para não te esperar. Se ao menos tivesses essa coragem!

Nada mais me resta por aqui, a não ser a tua constante presença ilusória dos sentidos que me tremem e me transportam para um mundo pleno de poesia, onde eu subsisto apenas no teu olhar mágico de menino.

Em breve, muito em breve, a ilusão em que vivo esfumar-se-á, e abrir-se-ão valas negras no meu caminho, e as linhas ténues e invisíveis que me prendem aqui serão arrebatadas para um outro lugar, onde não existe amor, dor, cegueira ou sonhos…

Escorrerão, em breve, rubis da minha pele cansada.


Vera Sousa Silva

segunda-feira, novembro 17, 2008

Brisas do Mar de Vanda Paz



Queridos amigos,

Apresento-vos o primeiro livro de poesia de Vanda Paz! Chama-se “Brisas do Mar”, editado pela Edium Editores.
O prefácio é do escritor António Paiva, que também vai apresentar a obra.
A mãe - Helena Paz - desenhou e pintou a belíssima capa.
Para quem quiser partilhar estes momentos com a poeta, ficam aqui duas datas a marcar na agenda:
Pré - Lançamento
Dia 21 de Novembro na Escola Superior Agrária de Santarém em Santarém às 21 horas no Auditório da Escola
Lançamento
Dia 23 de Novembro no Museu do Vinho da Bairrada em Anadia, às 15 horas no Auditório do Museu

Apareçam :)

quinta-feira, novembro 13, 2008

Sou tua...



O meu corpo

Tem toque de veludo

Na entrega carnal

Dos afectos

E desejos incontidos

Que não escondo

Atrás de máscaras

De menina decente.


Sou mulher,

Inteira, completa,

E quero-te

Ávido de mim,

Sedento dos meus seios

E ansioso

Pelo roçar das minhas coxas

Que se abrem para te receber.


Completa-me e mistura-te

Com os fluidos lascivos

Que se unificam

Em matéria

Que anseio receber

Dentro de mim…


Vem…

Sou tua!
Vera Sousa Silva

sábado, novembro 08, 2008

No vazio da madrugada



Não é o frio de Inverno

Que me gela a alma,

Nem a chuva gelada

Que me cai no rosto,

Como quem se lava de sentimentos agrestes,

Capazes de ferir muito mais que o corpo.


Fiquei só,

Deixaste-me só,

No vazio da madrugada,

Que chorou baixinho, comigo.


Nem sequer olhaste para trás...

Não me olhaste nos olhos.


A ausência dos teus abraços

Torturam-me e gelam-me.

Não choro por ti,

Mas por mim.


Nunca deveria ter-te sorrido,

Nem passar-te a mão pela face,

Como quem entende.


Se nunca entendi…
Vera Sousa Silva

domingo, novembro 02, 2008

Mel de Carvalho - No Princípio era o Sol




Caros Amigos,
No próximo dia 8 de Novembro, pelas 16 horas, no Salão Nobre do Paço do Sobralinho (uma pequena vila entre Alverca e Vila Franca de Xira, na A1, sentido norte) vai ser o lançamento do livro de poesia "No princípio era o Sol", de Mel de Carvalho, pela Edium Editores, com prefácio de Júlio Saraiva.
O evento contará com a presença de diversas artes e com o apoio da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e da Junta de Freguesia do Sobralinho.
Contamos com a Vossa presença!
Deixo-vos algumas breves notas sobre a autora, que terão o prazer de conhecer.
"É a poesia que desfaz o interdito e tece delicada renda sobre a própria pele, desnudada em cada poema, para os olhos de quem almeja alcançar a plenitude da poética na palavra, eis a chave!"
Sandra Fonseca, psicóloga e poeta brasileira,

in Luso-poemas.net, sobre a escrita de Mel de Carvalho

Notas biográficas da autora:
Maria Amélia de Carvalho (Mel de Carvalho) nasce em Portugal, Lisboa, a 23 de Janeiro de 1961. Licenciada em Sociologia do Trabalho na Universidade Técnica de Lisboa. Em 2007 inícia Doutoramento na Universidade Nova de Lisboa em Ciências da Educação.
A par da actividade profissional na área social e educativa, publica pela primeira vez os seus trabalhos (da poesia aos contos…) na Internet em 2006.
Em 2007, dá à estampa o seu 1º livro, "Sibilam Pedras na Encosta", Corpos Editora.
Do seu curriculum literário fazem parte várias participações em Colectâneas/Antologias, nomeadamente: Antologia de Poesia e Prosa Poética Portuguesa Contemporânea, Vol. XVI, "Poiesis", Ed. Minerva; Antologia Escritores Brasileiros e Autores de países em Língua Portuguesa, 8ª Edição; Antologia Escritartes. No prelo II Antologia de Poetas Lusófonos; Antologia Luso-Poemas.

Blogs da Autora: