Em fogo a carne
que queima,
arde,
portas abertas
à fantasia.
Corpo de seda
deitado no poema,
velas acesas
em chão dos teus versos.
Mãos que partilham
toques subtis,
num quero e não quero,
à frente, atrás...
Em fogo a carne
que queima,
arde...
E as velas
enroscam-me a ti!
Vera Sousa Silva