quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Em silêncio


Deixa-me amar-te assim... em silêncio...
Não me peças palavras que não sei pronunciar, nem gestos que nunca fiz. Não sei tanto do que queria e quero tanto do que não sei.
Olhas-me e perco o norte. Fico muda e desvio o olhar. Não é por não te amar, mas sim por esse amor ser grande demais. Mas em silêncio...
Seria tão fácil dizer que te amo e perder-te. Seria tão simples dançar ao som da ilusão e entegar-me completa, plácida, serena, e acrescentar apenas as letras que faltam quando não digo “Amo-te”!
Não me peças para ser o que não sou, nem para me transformar subitamente em mulher, porque sou apenas menina.
Queria crescer nos teus braços fortes e esconder-me atrás do teu tronco másculo. Mas abraço-te... em silêncio.
Desejo o suave toque acetinado dos teus lábios nos meus e imagino como será um beijo de verdade. Anseio por ele e sonho-o.. em silêncio.
Aproveito-me do que tenho de melhor e sonho... Nos meus sonhos eu sou tua e tu... Tu, meu amor, pertences-me! Todos os dias nos amamos intensamente e somos apenas um do outro! Todos os segundos das minhas noites são aproveitados ao máximo e vividos energicamente, ardentemente, gloriosamente... Chega a manhã e a realidade!
Não me peças palavras que não sei dizer e deixa-me! Deixa-me amar-te assim... em silêncio...

Vera Silva

sábado, fevereiro 16, 2008

Prémios

Meia atrasada a dar continuidade aos prémios... aqui vão!
Este prémio veio da minha grande, super e máxima Amiga Pedra Filosofal
As regras são:
1 - Este prémio deve ser atribuído aos blogs que considerem serem bons, entende-se como bom os blogs que costuma visitar regularmente e onde deixa comentários;
2 - Só e somente só se recebeu o 'É um blog muito bom sim senhora", deve escrever um post incluindo: a pessoa que lhe deu o prémio com um link para o respectivo blog; a tag do prémio; as regras; e a indicação de outros 7 blogs para receberem o prémio;
3 - Deve exibir orgulhosamente a tag do prémio no seu blog, de preferência com um link para o post em que fala dele.
Além de atribuir o prémio aos sete blogues que indico a seguir, recomendo que, se não os conhecem, aproveitem a oportunidade!

Abrindo Janelas
A Cor da Letra
Entre o Céu e o Mar
Os Pastéis
Outros Olhares
Pesadelo
Terra da Magia


Do meu amigo Vítor, do blog Um Poema de Vez em Quando

1. Este prémio deve ser atribuído aos blogs que consideras serem bons. Entende-se como bom os blogs que costumas visitar regularmente e onde deixas comentários.

2. Só e somente se recebeste o prémio “Diz que até não é um mau blog”, deves escrever um post:

- Indicando a pessoa que te deu o prémio com um link para o respectivo blog;

- A tag do prémio;

- As regras;

- E a indicação de outros 7 blogs para receberem o prémio.

3. Deves exibir orgulhosamente a tag do prémio no teu blog, de preferência com um link para o post em que falas dele.

4. (Opcional) Se quiseres fazer publicidade à criatura com demasiado tempo livre para gastar em parvoíces, e que teve a ideia de inventar este prémio, ou seja – Skynet, podes fazê-lo no post que ele fica agradecido :)

E agora as minhas escolhas:

Cadinho Roco

Humores

Néctar das Palavras

Noites de Poesia

O Canto da Rosa

Olhares em Tons de Maresia

Poesia de Paulo Afonso


E por último, mas não menos importante, o prémio que recebi da Maria, do Cheiro da Ilha, que passo a 10 blogs:

A Ver o Mar

Amanhecer e Palavras Ousadas

Impulsos

Memórias Vivas e Reais

Mulheres de Preto

Noite de Mel (Dark Moon)

Pedra Filosofal

Poesia de Paulo Afonso

Por Dentro das Palavras

Um Poema de Vez em Quando

Espero que gostem de todos e que desfrutem de bons momentos! Gostava de vos nomear a todos, mas regras são regras...

Um beijo a todos

Vera

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Ilha do Amor


Escrevo-te! Para que saibas o que nunca tive a coragem de dizer, olhos nos olhos, pela simplicidade de não aceitar o teu olhar, fosse ele qual fosse...
Sim! É o medo que me norteia! Estou amparada na pessoa que não age para não ferir ou que se deixa ir ao sabor do vento mesmo que, por isso, me obrigue qualquer consequência.
Não sei se alguma vez irás ler estas linhas em que me deleito como que numa cena de amor, e é no teu peito que imagino a frase erudita que busco na minha cabeça, estremecida, mas que ainda consegue fabricar alguns tímidos desejos... Quero-te!
Nem imaginas o que penso escrever enquanto percorro o teu árduo corpo, sim árduo, porque o imagino entre a resistência e a loucura... a um passo, apenas, de ser só meu.
Oh! Loucura. É como me chamo, é como me sinto, quando quero gritar-te... Eu Amo-te! Oh, mágica imaginação que transforma essa sensação em lágrimas constantes... Já te disse aqui que é o medo que me norteia. Mas não há medo que chegue que me impeça de sonhar!
E na coragem emprestada vou imaginar que estas frases chegaram ao seu destino e que quis o tempo trazer-me a resposta. Quero ler-te assim:

“Meu amor... trouxe-me o vento os suspiros do teu desejo e as palavras que sempre ambicionei ouvir e agora posso tê-las. Soube desde o primeiro instante que tu eras o meu destino e descobri, na carícia do teu olhar, que minha alma te pertence há muito.
Sonho com um gesto teu desde o primeiro momento e aguardei, na ânsia, por uma palavra tua, que tardou em chegar. Por mais incrédulo o meu sentir, nunca consegui matar a esperança que julguei vã, e hoje, meu amor... Hoje!... Hoje tornaste o meu mundo mais feliz, porque sinto agora que estás no meu universo.
Aguardo-te na nossa praia, onde já misturei com o mar as lágrimas de saudade ao pôr-do-sol.”


Oh! Ternura. Doce brisa que afaga a minha imaginação... Oh! Loucura dos dias que passo entre o mar e a areia a olhar o teu rosto imaginado, o teu corpo esculpido no querer da minha imensidão feita de um rochedo perdido...
Tu nunca chegaste! E a tua resposta foi criada pela minha loucura, isenta de qualquer realidade. Morri na nossa praia. E o corpo perdeu-se nas areias da imprecisão.
Tu nunca chegaste... mas as ondas visitaram-me sempre, e foram elas que alimentaram a minha esperança, o meu desejo e a minha vida, perdida... nesta ilha do amor...

Dueto entre Vera Silva e Paulo Afonso

domingo, fevereiro 03, 2008

Solto-me das Amarras

Não me digam que o céu é azul
Se posso sonhá-lo da cor que eu quiser!
Não me falem do cheiro das rosas
Se lhes posso dar o aroma do meu perfume!
Não me tentem calar
Porque posso gritar histericamente o teu nome!
Não me prendam os pulsos
Porque mais tarde ou mais cedo
Solto-me das amarras e mostro-me...
Sou frágil como um copo de cristal
Mas forte como o mar enraivecido.
Não me acusem do que não faço
E não erguerei os punhos.
Não me obriguem a nada!
Deixem-me ser assim...
Solta, livre,
Apaixonada pela vida e de riso fácil!
Não me peçam para dormir
Se tenho tanto para escrever
E ainda não sei as letras todas do meu nome!

Vera Silva

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Esperança

Danço num palco de estrelas
Em tapete de relva macia
Que me acaricia os pés.
Ouço a música tocar
Enquanto flutuo nos teus braços,
Que me envolvem
Num luar de silêncio.
Fecho os olhos...
Quero eternizar esta dança,
Guardá-la no meu coração
E, quando o sol acordar,
Levo-te o sonho num beijo
Silencioso, terno e intenso
Com que te desperto,
Para que juntos
Sonhemos o amanhã.


Este poema "Esperança" foi feito em dueto com a minha Amiga Magda, também conhecida por Pedra Filosofal.
A Magda adora poesia e, embora a medo, está a dar os primeiros passos na escrita. Mas esta menina vai longe! Se vai!!!
Espreitem o blog dela aqui: Pedra Filosofal